30 de nov. de 2010

o mago dos meus sonhos

O coração pulsava lentamente. E ela, estava deitada sobre aquela proteção de quem um dia fez com que nada parecesse protegido. Naquele instante, ela estava sob a vigia de um mago, o qual poderia a qualquer momento, enfeitiçá-la e a cobrir de um imenso e terrível pesadelo. Ela poderia estar preocupada. Mas ela sabia que aquele mago nunca lhe faria nada, não por falta de coragem, mas por sentir por ela algo bem maior que ódio. Ela o admirava. Apreciava com carinho cada segundo que ele passava ao seu lado. Sentia o calor de sua alma, e percebia o olhar cansado. Aquele mesmo olhar que um dia havia passado por coisas que até Deus duvidaria, aquele olhar sofrido. Sofrido por não conquistar o que deseja na maioria das vezes, sofrido por pensar mais nos outros do que nele mesmo, um olhar de vencedor. Estava quase na hora de partir. Ele, neste momento deitado com ela, havia adormecido. Adormecido sobre o desejo e a vontade de um dia poder estar junto dela, no mesmo lugar, na mesma hora... mas não precisar ir embora, não precisar abandoná-la novamente. O badalar do relógio soava meia noite. Ele precisava ir. Precisava deixá-la lá, sozinha, novamente. Ela, já não estava mais preocupada com o fato de ele abandoná-la. Isso já havia acontecido uma vez. Ela apenas pensava, confusa, na provável suposição: "se eu o beijá-lo, ele se transformará num príncipe?". Mas logo desistiu, pois ele nunca havia se mostrado como um sapo. O mago, notou naquela noite, a expressão que vinha daquele rosto sensível e preocupado. Preocupado sim. Ele sabia disso. Ela iria ficar sozinha, havia motivos para a preocupação. Ele fez de tudo para ficar até a última badalada com ela. E, no decorrer do tempo, ele a olha com aquele mesmo olhar. Porém, o sofrimento já não se fazia presente. Ele faz o pedido. Ela sabe que não era verdadeiro, mas o prazer que ele teve ao pedir, foi maior que a certeza de o pedido ser verdadeiro. Ela agora já não estava mais preocupada. E por quê? Porque ela sabia que ele voltaria. Ele sempre volta.

27 de nov. de 2010

não falta?

Essa história vai ser comprida, então, caso eu não a escreva toda hoje, continuo amanhã em outro post.

Era uma vez uma menina cheia de ideias, 16 anos, certa do que queria para a sua felicidade. A menina era rodeada de pessoas, dentre elas, encontravam-se seus pais que infelizmente brigavam todos os dias e faziam com que a menina nunca soubesse ao certo a que atitude tomar. Até que um dia, os pais dela resolvem se separar, e a menina, mais confusa do que já estava, abandona a vontade de ter um caminho certo para seguir. Ela morava numa cidade movimentada, achava que tinha amigos, mas naquela época, estes nunca se faziam presentes. No início da separação, a menina, ainda menor de idade, decide morar com o pai para acabar os estudos, para frequentar lugares que ela costumava ir, para sair com as suas provaveis amizades. Como os pais haviam se separados, a mãe da menina resolve morar em outra cidade, e a pedidos da menina, a deixa ficar na tal cidade movimentada. O problema nisso tudo, é que a menina começou a enchergar situações que para ela, durante anos, tinham ficado desapercebidas. O choque, como vocês podem imaginar, foi enorme, e a menina, atordoada, não sabia a que conclusão chegar naquilo tudo que estava acontecendo. Seus pais, já separados, ainda brigavam diariamente por telefone. Sua irmã (sim, ela tinha uma irmã mais velha) que já não aguentava mais toda aquela bagunça, passava os dias com o namorado, a fim de vir a se preocupar. E a menina ficava lá, no meio da briga, sendo obrigada a escutar tudo o que falavam, e as ideias que vinham daquelas cabecinhas de vento. Durante vinte e oito anos seus pais haviam sido casados, e ela então pressupôs que o prazo deste 'término' seria de no máximo um mês. Porém, a coisa ficou pior do que ela imaginava, e durante sete meses, aquele casal se manteve 'afastado'. Durante este período, a menina variava entre o campo e a cidade movimentada, e ela começou a perceber que valia mais a pena permacer no campo, com a mãe, do que na cidade, com o pai. Ela conheceu muitas pessoas, fazia muitas festas, todos os fins de semana eram motivos para delirar-se na curtição. Ela namorou uma época, um dos piores momentos que alguém poderia ter, mas que no fim, acabou tudo certo. Os dias que a menina passava na cidade eram monótonos. A escola havia mudado, os amigos haviam mudado, e nada do que ela tentava fazer chegava perto de dar algum resultado. Os sete meses se passaram até que a menina arranjou um emprego como estagiária, ali ela já tinha seus 17 anos, e neste mesmo período de tempo, seus pais se reconciliaram. Nunca ficou claro se essa decisão foi melhor ou pior para todos mas enfim... A menina agora, passava a depender de mais responsabilidade para conseguir unificar a ideia de escola, trabalho, e teatro. Aos poucos as coisas foram se encaixando, e as companhias do campo, foram deixadas de lado a cada dia que passava. Passado um mês de trabalho, a menina conhece algumas pessoas que viriam a transformar seus dias, e seu destino. Conhece uma mulher, uma mulher igual a ela, praticamente gêmeas, com ideais e pensamentos idênticos. Conhece um homem, baixo, com um ar de playboy, porém naquela mesma época este homem encontrava-se com uma grave doença. Conhece inúmeras pessoas que mais tarde, tornariam-se o centro de muitas situações a que ela viria-se obrigada a passar e encarar com a simples cabeça erguida. Um tempo passa, e a menina começa a largar os estudos e preocupar-se mais com a sua diversão, e o que iria fazer no próximo fim de semana. E é aí que os problemas começaram a surgir, um a um, todos os dias, todas as horas. Duas semanas passaram-se, e aquele homem do qual eu havia falado, começou a ser de certa forma, importante para ela, de um jeito que nem ela mesma acreditava, e por mais que falassem que ele 'não era flor que se cheirava', ela não deu bola, e continuou seguindo para um caminho que nem ela mesma sabia aonde iria chegar. Um mês se passou, e o tal homem a pede em namoro (ler post "sim..ela jura!"). Ela aceita como já era de se esperar, e a partir dali não pensava mais em estudar ou qualquer coisa que viesse interromper aquele namoro. Os pais dela, agora juntos, viam em seu namoro algo que pudesse vir a interromper a forma de "aprendizagem" da menina. Ela, nem importancia dava, as brigas com os pais começaram a ser constantes, e ela vinha a se preocupar apenas quando a bomba já havia explodido. Tomava atitudes erradas, não pensava nas consequências que poderiam ocorrer, pensava apenas naquela união. Vocês devem estar pensando que a culpa de ela ter modificado tanto seus pensamentos foi do namoro. ERRADO. A culpa disso tudo foi a mente insana que ela estava tendo, o namoro, naquele momento, era a única coisa que mostrava a menina que ela deveria mudar, mesmo ficando contra os pais na maioria das vezes. Ele, o homem, era tudo pra ela, e ela, irresponsável, fazia tudo que pudesse vir a prejudicar o namoro. Porque ela não percebia que fazendo isso, ela estava destruindo o próprio namoro. A cada conversa com os pais, a menina teimava em colocar a culpa disso tudo na separação que os mesmos haviam tido, mas ela nunca percebeu, que o maior erro desta história, era ela mesma, e que só mudando as suas atitudes, é que algum dia, ela veria algum resultado. Resumindo, falta apenas o amadurecimento, não falta?

26 de nov. de 2010

foi embora, sem deixar pistas

Por dias, meses na verdade, uma única ideia pairava sobre meu consciente. A ideia de ter cansado da vida, de ter cansado das complicações que ela tem para me oferecer, cansado das discussões por motivos fúteis, cansado de falsas amizades, de ter de controlar o que falar, pois de certo modo as pessoas não entenderiam o real significado que minhas palavras poderiam vir a ter, cansado simplesmente de aturar o bem mais precioso do mundo: a vida! Mas, de que adianta, eu me descabelar chorando se as coisas sempre serão assim e eu terei que me acostumar apenas? De que adianta eu procurar a verdade nas pessoas se nem ao menos em mim eu consigo encontrá-la? De que adianta eu resmungar com coisas que me irritam, se quem emite estas coisas são as outras pessoas, e eu nunca poderei simplesmente "enfiar" nas mentes medíocres delas, que tais atos são errados? Não adiantará nada. A vida é feita de escolhas como todos dizem, a vida é feita das nossas escolhas, e cabe a nós nos impor para saber o que fazer com relação a elas. Apenas eu posso escolher com qual humor possa estar meu dia, apenas eu posso escolher com quais pessoas me relacionar, apenas eu posso tomar atitudes certas para a MINHA vida! E o verbo cansar, por mais que prevaleça diariamente no dicionário da minha vida, não é usado constantemente, pois ele pode estar no meu dicionário, mas não na minha alma, e lá.. eu prefiro que ele não frequente mais.

24 de nov. de 2010

procure entendê-lo

Durante dias, fico pensando no que realmente é o amor. Fico pensando em como as pessoas enchergam o amor. Em como elas agem perante ele. Muitas pessoas não sabem o que é amar outra pessoa, umas porque confundem com a paixão, outras porque procuram pessoas para não tornarem-se seres humanos solitários, outras também acham que amar não é aceitar tudo em alguém, é aprender a conviver, como se o amor fosse uma forma de condenar as pessoas a ficarem juntas. Ninguém é condenado a nada, muito menos a amar por obrigação, porque não existe amor obrigado. Existe o amar, o gostar de alguém, o valorizar cada ato, cada gesto, cada palavra por simplesmente...amar! Todo mundo sabe como amar, ou melhor dizendo, o que poderia se chamar amor.. mas ninguém nunca soube exatamente o real significado da palavra AMOR! Uns acham uma palavra um tanto quanto complicada de entender, outros acham uma palavra linda, e sem nenhuma dificuldade de interpretação. Mas se essas pessoas parassem pra pensar na real forma do amor, elas todas veriam que estão erradas. Não posso dizer que sei tudo sobre o amor, não posso dizer que sou uma fonte de experiência com relação a relacionamentos, mas a partir do momento em que nos colocamos frente a diversas situações é que passamos a entender a real maneira de amar. Não poderia também citar aqui o real significado, pois creio que cada um saiba o significado de seu amor, podendo ele ser certo ou errado, cada um o interpreta de um jeito. E agora surge uma pergunta, será que alguém, em algum dia, saberá definir o amor como um todo? Minha resposta: Não, isso é inadimissível, e um pouco impossível.

22 de nov. de 2010

sim, ela jura!

Era quatro de outubro do ano de dois mil e dez, quando um homem olha para uma garota e a coloca frente a escolhas que mudariam totalmente o destino de sua vida. A garota, confusa, (mas certa do que sentia pelo homem) não decide pensar em qual atitude tomar, e responde com um simples olhar o que o homem gostaria de escutar (ou por melhor dizer, sentir) naquela noite enluarada. Ele, naquele dia foi embora, e ela, ficou por horas pensando se deveria mesmo ter dado tal confiança a alguém que parecia ser tão inconfiável.
Ela arriscou, e continua arriscando a própria felicidade e a própria reputação para tentar algo, que no início, parecia tão improvável de acontecer um dia. Ele, tenta de todas as formas mostrar a ela que sim..ele a ama, sim! Ela, pelo contrário, não consegue demonstrar em atos, o que diz sentir em palavras. E por que? Porque ela nunca confiou em si mesma para ter a ideia de ser suficiente para alguém, mantinha na mente a ideia de que pessoa alguma poderia se apaixonar por alguém insensível e infantil como ela, porque existem milhares de pessoas no mundo capazes de superar as expectativas de uma 'pessoa perfeita'..e ela, era simplesmente mais uma garota dentre tantas.
Hoje, ela vê que a auto-estima deve ser sim valorizada, e ela já não consegue ficar longe de tanto amor recebido, de tantos gestos carinhosos...não consegue mais ficar longe daquele homem encantador! Para ela, não importa se alguém possa não gostar daquele sentimento recíproco, importa o que os dois sentem um pelo outro, a vontade de não querer afastar sequer um minuto, importam apenas os dois, e o tempo que este sentimento irá durar, e que para ela, poderia durar anos, meses, dias, ou apenas horas, ela iria aproveitar ao máximo, porque não teria a menor graça se ela não se apaixonasse por este homem todos os dias de sua vida, pois qual seria o obstáculo se apaixonar pela mesma e perfeita pessoa? Nenhum.
E de agora em diante, ela já confia em si mesma? Sim, ela confia... ela jura!